sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

[ ESCRITO PO UM HOMEM ]
É absurdo o tesão que eu sinto pelo teu corpo nu, pela sua insinuação. A vontade louca de ter a minha boca envolvida por diversas partes de você. De sentir o gosto de cada centímetro teu. Da tua boca, da tua nuca, do teu pescoço, dos seus seios, daquilo que só eu tenho. Que eu sinto ciúme. Que eu sinto desejo. É absurda a vontade, absurda e frequente. É a saudade da sua boca, dos seus lábios, da sua língua macia, quente. Só não tão quente quanto o meu corpo, o seu sempre um pouco mais frio, misturado no meu, num calor único. Na química única. Na única hora em que ficamos calados, entretidos, concentrados. Completamente envoltos naquele momento. Naquela tara. Nenhuma palavra além de xingamentos, obscenidades ao pé do ouvido, ou barbaridades. Talvez o bruto realmente nos agrade. O selvagem. É divertido quando é louco. É proibido e se torna insano. É escondido e se torna sexy. Eu sinto vontade do teu corpo, eu sinto vontade da sua voz, sinto vontade do seu beijo, das suas unhas passando no meu pescoço, da sua mão bem presa na minha nuca, ou nas minhas costas enquanto eu me movimento dentro de você. Eu sinto falta da submissão, ou da autoridade, ficar por cima ou por baixo. Criando novas posições. Experimentando ou fazendo de novo aquelas que a gente já conhece bem. Eu sinto falta de ser inteiramente seu no momento que você é inteiramente minha. Eu sinto falta do seu gosto. Do seu interior. Sinto o vício, mais forte que qualquer outro que eu já tenha tido. Ali exposto. Assim como meu corpo também nu. Exposto e entregue ao seu. Entregue pra que seja feito o que a sua vontade mandar, o que o seu interesse, suas ordens na hora me pedirem pra fazer. Tô com saudade de ser o seu homem e de ter você sendo a minha mulher, ordinariamente mulher. Safada, autoritária, ou com voz de bebê. Mulher. E completamente minha.
 O problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco. Amor busca uma certa ‘grandeza’. O sexo é mais embaixo. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há ‘sexo seguro’ mas não há camisinha para o amor.

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